CONSIDERAÇÕES INTEMPESTIVAS
HELIODORO TARCÍSIO
O NOVO CRUZADO PORTUGUÊS - Quando ouvi as recentes declarações de D. José Policarpo sobre casamentos de portuguesas com muçulmanos, a minha primeira reacção foi pegar na pena e desancá-lo sem dó nem piedade, que eu não tenho religião e não sou obrigado a seguir a caridade cristã. Numa primeira análise, fiquei chocado com tamanha insensatez num príncipe da Igreja… Pensei, “então são essas as instruções secretas que eles recebem quando vão beijar o anel do Chefe, em Roma ?!”… É que o discurso oficial do Vaticano é bem diferente disto, indo no sentido do ecumenismo e da conciliação universal das diferentes confissões religiosas…
Mas hoje em dia, felizmente, já aprendi a controlar a minha natural impetuosidade… Entretanto, tive tempo para reflectir e também inteirar-me de outras reacções e opiniões. Acho que D. José Policarpo esteve mal. Revelou insensatez, intolerância e falta de bom senso e de tacto diplomático, tudo coisas estranháveis num cardeal, no líder da Igreja Católica Portuguesa. Recordemos aqui que ele desaconselhou fortemente as jovens portuguesas de casarem com muçulmanos, em termos pretensamente jocosos e ligeiramente histriónicos até. Por um pouco mais que isso, já outros europeus ficaram com a cabeça a prémio…Ainda vamos todos ficar famosos por termos uma personalidade nacional marcada por uma “fatwa”… Mas o principal erro do purpúreo religioso foi de ter falado apenas de “muçulmanos” e não de “muçulmanos radicais”. Porque o que é perigoso não é um muçulmano vulgar. Esse é uma pessoa como o resto das outras. Vive numa cidade qualquer, estuda, trabalha e de vez em quando ajoelha-se e reza ou vai à mesquita. No resto do tempo, o tapete da orações fica arrumado no guarda-roupa.
Há alguns anos atrás, tive uma namorada indonésia, residente em Jakarta, de confissão muçulmana. Era uma pessoa normal, mais para o “não praticante”, como tantos católicos de hoje. Era aberta, tolerante, pacífica…Esteve na ilha Terceira, apreciou muito a ilha… Nunca senti que eu e a minha alma imortal estivéssemos em perigo…
Agora, se estivermos a falar de um muçulmano radical… aí até estou de acordo com D. Policarpo. Mas o que é perigoso é um fanático, de qualquer rótulo. E nesse aspecto, a Igreja Católica produziu e continua a produzir muitos.
Todas as repúblicas islâmicas são condenáveis, como forma de regime político. Nelas, a lei aplicada é o código islâmico da “Sharia”. Esta baseia-se em interpretações muito forçadas, extremamente rígidas, obscuras e radicais do Alcorão, o livro sagrado islamita. Na verdade, trata-se, no fundo, de um estádio filosófico e cultural muito atrasado. Com Maomé e os seus seguidores, os árabes, que desenvolveram no passado culturas intelectualmente ricas e tolerantes, retrocederam séculos e as actuais repúblicas islâmicas padecem de um medievalismo atroz. Na verdade, os cristão fizeram o mesmo durante séculos, a partir da Bíblia mas entretanto, a maioria deles evoluiu…Perante a “Sharia”, as mulheres muçulmanas são abertamente consideradas seres humanos menores, de segunda categoria, pouco mais do que máquinas reprodutoras, com poucos direitos civis, absolutamente descriminadas, quase escravizadas, dominadas em todos os sentidos por um mundo masculino, ferozmente repressivo. A verdade, incontornável, é que o islamismo é uma sistema de gestão da vida, de raiz masculina, pensado, teorizado, desenvolvido e aplicado por homens, a maioria deles, fanatizados desde a mais tenra infância, intelectualmente limitados e que tem como importante pressuposto, a subalternização absoluta da mulher em todos os domínios. O mundo evoluído, por motivos filosóficos e humanitários, deve usar todos os meios possíveis, menos os violentos e agressivos, para ajudar o mundo muçulmanos a evoluir culturalmente, no sentido da separação fundamental entre Igreja e Estado e para acabar com as execráveis escolas islâmicas. Estas, em muitos casos, substituem quase por completo, qualquer outra forma de ensino e são a base do fanatismo religioso e do terrorismo.
Perante estas evidências, eu próprio desaconselharia fortemente qualquer uma das minhas filhas a casar com um muçulmano radical ou a viver numa república islâmica. Mais do que isso, acho que até a amarraria ao pé da cama, até lhe passar a ideia. Com isso, estaria, muito possivelmente, a salvar-lhe a vida ou, pelo menos, a dignidade.
Se tivesse falado destas coisas, talvez D. Policarpo tivesse razão. Mas não o fez e perdeu uma excelente oportunidade para ficar calado. Há tanta coisa urgente para dizer sobre este assunto. Mas se não se é capaz de dizer algo coerente e inteligente, mais vale rezar o terço ou ir a Fátima em vez de dar entrevistas…
De resto, estou em crer que o muçulmano português, essa subespécie exótica, é um tipo porreiro como a maioria de nós, é sócio do Sporting, joga no Totoloto à sexta-feira, de vez em quando até aprecia umas bifanas com cerveja e prefere que a mulher trabalhe, porque não é tolo nenhum e aprecia dois ordenados em casa.
Se eu estivesse no lugar de D. Policarpo, aconselharia as jovens portuguesas a ter muito cuidado na hora de escolher o parceiro… É que se elas se casam com um macho latino de carimbo português, daqueles de bigode, com o 6.º ano de escolaridade mal tirado, que não ajudam em casa apesar da mulher trabalhar, que gostam de sair com os amigos para beber, que pensam que o ponto G é uma paragem de autocarro e que batem na mulher quando o Benfica perde, meus amigos, essas moças podem meter-se numa carga de sarilhos que a tríade completa de Cristo, Alá e Buda não imagina e D. Policarpo nem sonha.
RECOLHA SELECTIVA DE LIXO - Que me perdoem os responsáveis, mas a recolha selectiva de lixo , para reciclagem, não está a ser o êxito publicamente apregoado, sobretudo por falha da entidade pública gestora no momento da recolha.
Sou um acérrimo defensor da triagem do lixo e da reciclagem, preocupo-me com essa questão e passo essa atitude aos meus filhos. Fiquei contente com o anúncio da recolha selectiva de lixo, comprei os recipientes próprios e dou-me ao trabalho de separar o lixo em casa. Esperei algum tempo, antes de vir a público protestar, porque queria ter a certeza. Mas, por várias vezes já, coloquei o lixo seleccionado na rua, em recipiente adequado, de manhã cedo, com a fitinha da cor correcta, no dia calendarizado e o meu lixo não foi recolhido, apesar de residir no centro da cidade de Angra. Se querem mudar as coisas e educar as pessoas, então, pelo menos, não falhem de forma tão ostensiva, sistemática e grosseira, sob pena das pessoas não vos levarem a sério. POP
HELIODORO TARCÍSIO
O NOVO CRUZADO PORTUGUÊS - Quando ouvi as recentes declarações de D. José Policarpo sobre casamentos de portuguesas com muçulmanos, a minha primeira reacção foi pegar na pena e desancá-lo sem dó nem piedade, que eu não tenho religião e não sou obrigado a seguir a caridade cristã. Numa primeira análise, fiquei chocado com tamanha insensatez num príncipe da Igreja… Pensei, “então são essas as instruções secretas que eles recebem quando vão beijar o anel do Chefe, em Roma ?!”… É que o discurso oficial do Vaticano é bem diferente disto, indo no sentido do ecumenismo e da conciliação universal das diferentes confissões religiosas…
Mas hoje em dia, felizmente, já aprendi a controlar a minha natural impetuosidade… Entretanto, tive tempo para reflectir e também inteirar-me de outras reacções e opiniões. Acho que D. José Policarpo esteve mal. Revelou insensatez, intolerância e falta de bom senso e de tacto diplomático, tudo coisas estranháveis num cardeal, no líder da Igreja Católica Portuguesa. Recordemos aqui que ele desaconselhou fortemente as jovens portuguesas de casarem com muçulmanos, em termos pretensamente jocosos e ligeiramente histriónicos até. Por um pouco mais que isso, já outros europeus ficaram com a cabeça a prémio…Ainda vamos todos ficar famosos por termos uma personalidade nacional marcada por uma “fatwa”… Mas o principal erro do purpúreo religioso foi de ter falado apenas de “muçulmanos” e não de “muçulmanos radicais”. Porque o que é perigoso não é um muçulmano vulgar. Esse é uma pessoa como o resto das outras. Vive numa cidade qualquer, estuda, trabalha e de vez em quando ajoelha-se e reza ou vai à mesquita. No resto do tempo, o tapete da orações fica arrumado no guarda-roupa.
Há alguns anos atrás, tive uma namorada indonésia, residente em Jakarta, de confissão muçulmana. Era uma pessoa normal, mais para o “não praticante”, como tantos católicos de hoje. Era aberta, tolerante, pacífica…Esteve na ilha Terceira, apreciou muito a ilha… Nunca senti que eu e a minha alma imortal estivéssemos em perigo…
Agora, se estivermos a falar de um muçulmano radical… aí até estou de acordo com D. Policarpo. Mas o que é perigoso é um fanático, de qualquer rótulo. E nesse aspecto, a Igreja Católica produziu e continua a produzir muitos.
Todas as repúblicas islâmicas são condenáveis, como forma de regime político. Nelas, a lei aplicada é o código islâmico da “Sharia”. Esta baseia-se em interpretações muito forçadas, extremamente rígidas, obscuras e radicais do Alcorão, o livro sagrado islamita. Na verdade, trata-se, no fundo, de um estádio filosófico e cultural muito atrasado. Com Maomé e os seus seguidores, os árabes, que desenvolveram no passado culturas intelectualmente ricas e tolerantes, retrocederam séculos e as actuais repúblicas islâmicas padecem de um medievalismo atroz. Na verdade, os cristão fizeram o mesmo durante séculos, a partir da Bíblia mas entretanto, a maioria deles evoluiu…Perante a “Sharia”, as mulheres muçulmanas são abertamente consideradas seres humanos menores, de segunda categoria, pouco mais do que máquinas reprodutoras, com poucos direitos civis, absolutamente descriminadas, quase escravizadas, dominadas em todos os sentidos por um mundo masculino, ferozmente repressivo. A verdade, incontornável, é que o islamismo é uma sistema de gestão da vida, de raiz masculina, pensado, teorizado, desenvolvido e aplicado por homens, a maioria deles, fanatizados desde a mais tenra infância, intelectualmente limitados e que tem como importante pressuposto, a subalternização absoluta da mulher em todos os domínios. O mundo evoluído, por motivos filosóficos e humanitários, deve usar todos os meios possíveis, menos os violentos e agressivos, para ajudar o mundo muçulmanos a evoluir culturalmente, no sentido da separação fundamental entre Igreja e Estado e para acabar com as execráveis escolas islâmicas. Estas, em muitos casos, substituem quase por completo, qualquer outra forma de ensino e são a base do fanatismo religioso e do terrorismo.
Perante estas evidências, eu próprio desaconselharia fortemente qualquer uma das minhas filhas a casar com um muçulmano radical ou a viver numa república islâmica. Mais do que isso, acho que até a amarraria ao pé da cama, até lhe passar a ideia. Com isso, estaria, muito possivelmente, a salvar-lhe a vida ou, pelo menos, a dignidade.
Se tivesse falado destas coisas, talvez D. Policarpo tivesse razão. Mas não o fez e perdeu uma excelente oportunidade para ficar calado. Há tanta coisa urgente para dizer sobre este assunto. Mas se não se é capaz de dizer algo coerente e inteligente, mais vale rezar o terço ou ir a Fátima em vez de dar entrevistas…
De resto, estou em crer que o muçulmano português, essa subespécie exótica, é um tipo porreiro como a maioria de nós, é sócio do Sporting, joga no Totoloto à sexta-feira, de vez em quando até aprecia umas bifanas com cerveja e prefere que a mulher trabalhe, porque não é tolo nenhum e aprecia dois ordenados em casa.
Se eu estivesse no lugar de D. Policarpo, aconselharia as jovens portuguesas a ter muito cuidado na hora de escolher o parceiro… É que se elas se casam com um macho latino de carimbo português, daqueles de bigode, com o 6.º ano de escolaridade mal tirado, que não ajudam em casa apesar da mulher trabalhar, que gostam de sair com os amigos para beber, que pensam que o ponto G é uma paragem de autocarro e que batem na mulher quando o Benfica perde, meus amigos, essas moças podem meter-se numa carga de sarilhos que a tríade completa de Cristo, Alá e Buda não imagina e D. Policarpo nem sonha.
RECOLHA SELECTIVA DE LIXO - Que me perdoem os responsáveis, mas a recolha selectiva de lixo , para reciclagem, não está a ser o êxito publicamente apregoado, sobretudo por falha da entidade pública gestora no momento da recolha.
Sou um acérrimo defensor da triagem do lixo e da reciclagem, preocupo-me com essa questão e passo essa atitude aos meus filhos. Fiquei contente com o anúncio da recolha selectiva de lixo, comprei os recipientes próprios e dou-me ao trabalho de separar o lixo em casa. Esperei algum tempo, antes de vir a público protestar, porque queria ter a certeza. Mas, por várias vezes já, coloquei o lixo seleccionado na rua, em recipiente adequado, de manhã cedo, com a fitinha da cor correcta, no dia calendarizado e o meu lixo não foi recolhido, apesar de residir no centro da cidade de Angra. Se querem mudar as coisas e educar as pessoas, então, pelo menos, não falhem de forma tão ostensiva, sistemática e grosseira, sob pena das pessoas não vos levarem a sério. POP
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