POR UM MUNDO DE GENTE COLORIDA
HELIODORO TARCÍSIO
Hoje vou referir-me, em termos muito resumidos, a determinados tópicos que abordei, ao longo do tempo, nomeadamente nas páginas do “Diário Insular”.
Faço-o, como é frequente, estimulado por opiniões que li nas páginas de “A União”. Admito que “A União” seja um jornal aberto e plural, uma vez que, inegavelmente, vejo lá artigos de todos os quadrantes ideológicos. No entanto, talvez por ser propriedade da Igreja Católica, é neste jornal que encontro posições marcadamente conservadoras que, muitas vezes, me levam a escrever.
Foi o caso de um artigo publicado a 17 de Novembro por alguém de quem discordo frequentemente, intitulado “É Preciso Não Esquecer”. Nesse artigo, o autor aborda diversas questões sociais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a actual lei do aborto, a lei do divórcio e a lei das uniões de facto. Aborda esses temas tão complexos com ligeireza e sem profundidade, citando no entanto algumas datas e eventos. Pretende fazer-nos crer que o actual Governo, no que respeita a estas questões, age de forma arrogante, anti-democrática e descarada, procurando enganar os portugueses através do embuste.
Tais posições constituem, essas sim, uma descarada forma de manipular factos e ideias para tentar fazer parecer indiscutível e sem contradição, aquilo que não passa de meras perspectivas pessoais, de valor relativo.
Posso até eventualmente estar de acordo com este articulista no que respeita à qualidade e interesse dos partidos políticos, dos jogos de poder e dos seus protagonistas. A isso conto referir-me em breve em artigo que anda a fermentar dentro de mim. Mas não consigo deixar passar em claro opiniões deste cariz e vou aqui fazer um breve contraditório.
Começando pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo, defendi e aplaudi recentemente a proposta legislativa socialista que vai no sentido da legalização e equiparação ao casamento civil. Esta será uma lei fundamental para a comunidade de homossexuais portugueses que constituem, sem dúvida, um quantitativo reduzido, face à população heterossexual, muito mais comum na natureza. Se o Manuel casar com o Joaquim ou a Conceição com a Fátima, isso será muito importante para eles, em termos de liberdades, direitos e garantias e poderá permitir-lhes sair da sombra, de um certo limbo social e levar uma vida com menos restrições, injustiças e desigualdades. Mas fará alguma diferença para os seus vizinhos e concidadãos? Com certeza que não, a vida prosseguirá o seu curso. A complexidade e sensibilidade deste projecto de lei radicam sobretudo nas suas implicações éticas, filosóficas e culturais. Levanta um coro de protestos porque colide com os preconceitos de muita gente e com os dogmas de instituições que, mesmo decadentes, continuam a ter influência na sociedade. Quero no fundo dizer que não me parece questão para referendo. Este constitui uma ferramenta fundamental no processo democrático mas, obviamente, não deve ser banalizado. Deve ser usado de forma muito criteriosa e ponderada. Acredito ser sobretudo por este motivo que o Governo não o planeia usar nesta questão e não porque “nunca admitirão um referendo, sabendo que vão perder”. Matéria para referendo é por exemplo, sem dúvida alguma, a questão do aborto, visto que é uma matéria extremamente delicada, com implicações no direito à vida, no respeito pela vida humana e tem implicações éticas e filosóficas muito profundas. Matéria para referendo seria, para dar outro exemplo, a alternativa entre o actual sistema republicano e uma monarquia constitucional, como reclamam os monárquicos portugueses, uma vez que se trata de uma questão transversal a toda a sociedade que mudaria profundamente o país e teria implicações a todos os níveis. O facto do livre casamento civil entre homossexuais constituir uma bandeira do programa do Governo socialista e uma promessa eleitoral, é coerente e faz sentido num contexto de mudança de cariz progressista que procura criar um novo país, mais liberal e vanguardista. Essa proposta era bem clara no programa eleitoral socialista e se era assim tão fracturante, isso não se foi visível nos resultados eleitorais, pelo contrário.
Quanto ao aborto, tema que também me é caro, até por motivos pessoais, é preciso muito cinismo para usar a expressão “financiamento público do aborto” e fazer uma leitura absolutamente tendenciosa do processo português. O que se passou e isso são factos e não juízos de valor, é que o Governo tentou fazer aprovar a chamada “lei do aborto” desde o início de 1997, não o tendo conseguido por diferença de um voto e conseguindo-o um ano mais tarde, por uma diferença de nove votos. Mesmo assim, tornou-se insuportavelmente óbvio que o tema era muito sensível, socialmente transversal e demasiado importante para ser decidido apenas por políticos e seus interesses partidários. As instituições democráticas funcionaram como deve ser e foi então decidido e muito bem que o país devia ser consultado sobre o assunto. No período de preparação do referendo, Portugal viveu um intenso, alargado, democrático e salutar debate sobre o assunto. Ficou então bem claro que ninguém, exceptuando mentes perversas ou doentes, defendia a bondade do aborto. Ninguém disse que o aborto é bom, realmente não é e isso nunca esteve em causa. O que estava em causa verdadeiramente, era a despenalização da prática do aborto, o que não é, de modo nenhum igual ou sequer vagamente parecido com “liberalização do aborto” ou “financiamento público do aborto fácil e gratuito”. Isso era e continua a ser fundamental num país pobre e culturalmente atrasado, com uma altíssima taxa de gravidez na adolescência, muita violência doméstica, sem educação sexual escolar, com baixíssimo poder de compra e com dificuldades de acesso aos cuidados básicos de saúde. Infelizmente, na altura, quem estava no poder não teve inteligência suficiente para fazer reflectir essa realidade na formulação do referendo e na altura o “não” ganhou”. Contudo, ficou claríssimo que a sociedade estava muito dividida e que, numa situação assim, não era aceitável que as mulheres portugueses continuassem a fazer abortos em clínicas clandestinas, com todos os perigos que isso encerra, a terem de viajar para os fazer no estrangeiro ou, em última análise, a serem presas por terem praticado um aborto voluntário, uma vez que isso era legalmente possível. Creio ter sido este tipo de convicções que norteou a acção do Governo e não qualquer plano para enganar os portugueses através de “um magnifico embuste”.
Pessoalmente, para deixar bem clara a minha posição, penso que, idealmente, nenhuma mulher deve achar-se numa situação em que precise de abortar. O País deve evoluir no sentido de eliminar completamente a necessidade de fazer um aborto. E um Governo que permita o aborto em determinadas condições mas não actue com muita energia e eficácia sobre as condições que levam à realização de abortos, será sem dúvida um Governo medíocre e incompetente. Mesmo que haja muitas sensibilidades diferentes e ligação íntima com questões sempre em aberto, se existe alma ou não, se o feto humano é um ser humano, se sim a partir de quando, etc, o aborto será sempre intrinsecamente mau e uma agressão à vida. As minhas convicções pessoais, que passam pela crença na existência, individualidade e imortalidade da alma e na reencarnação como meio de evolução dos espíritos, não poderiam nunca admitir o aborto, muito menos “fácil e barato”. Contudo, a verdade é que, mesmo sendo difícil e caro, ele praticava-se em larga escala. Enquanto o País não evolui, coisa que é missão e responsabilidade de todos nós, sob gestão do Governo que elegemos a cada 4 anos, pelo menos que nenhuma mulher seja presa por uma infelicidade dessas.
Ainda outro tema abordado de fugida no artigo de “A União”: a “banalização” do divórcio, que a Igreja Católica continua a proibir e que gostaria de ver dificultado ao máximo pela sociedade civil e as leis dos homens. Sobre este tema discorri com gosto há meses atrás em artigo publicado no “Diário Insular”. Nesta área considero que o nosso País deu recentemente passos de gigante em termos de evolução social e cultural, ao promulgar novas leis relativas ao divórcio e às uniões de facto, rompendo com tradições atávicas e preconceitos arraigados. Quanto aos “desconfortos” de Cavaco Silva, eles eram perfeitamente previsíveis no presidente da república mais apagado que já tivemos no Portugal democrata. Cavaco Silva nunca devia ter deixado de ser aquilo que começou por ser: um rapaz de Boliqueime com jeito para os números, e que o clube de domésticas de Tony Carreira acha bonito. É e sempre foi um político básico, cinzento, sem visão nem chama, sem comparação com Mário Soares e Jorge Sampaio, inferior até, à rigidez de Ramalho Eanes. Conservador até à medula e de espírito fechado, vai sentir desconfortos de estômago sempre que for confrontado com ideias estranhas ao seu pequeno universo mental e arvorar-se numa das “forças de bloqueio” que tanto o incomodavam quando era governante.
Por último, seria uma deliciosa ingenuidade, se não fosse uma irritante presunção, clamar que “(…) as gerações futuras censurarão asperamente a nossa pelas terríveis infâmias legais cometidas contra a vida e a família (…)”. Todas as gerações merecem algum tipo de censura porque em todas se cometem erros. Mas eu acredito que mais depressa seríamos censurados por teimarmos em discriminar homossexuais, prender mulheres que abortam e dificultar divórcios enquanto à nossa volta o mundo pula e avança.
O nosso mundo é ainda muito imperfeito. Mas são claros os sinais de que entrámos uma nova era. Um tempo em que o amor incondicional (por todos os seres humanos em primeiro lugar mas também pelos animais, pelo ambiente, pelo planeta…) e a paz terão de estar muito presentes. Mas também um tempo fortemente marcado pela tolerância, pela abertura de espírito, pela inteligência emocional, pela aceitação da diferença e pelo corte com o passado. Um mundo sem pretos nem brancos, um mundo de gente colorida. POPEYE9700@YAHOO.COM
HELIODORO TARCÍSIO
Hoje vou referir-me, em termos muito resumidos, a determinados tópicos que abordei, ao longo do tempo, nomeadamente nas páginas do “Diário Insular”.
Faço-o, como é frequente, estimulado por opiniões que li nas páginas de “A União”. Admito que “A União” seja um jornal aberto e plural, uma vez que, inegavelmente, vejo lá artigos de todos os quadrantes ideológicos. No entanto, talvez por ser propriedade da Igreja Católica, é neste jornal que encontro posições marcadamente conservadoras que, muitas vezes, me levam a escrever.
Foi o caso de um artigo publicado a 17 de Novembro por alguém de quem discordo frequentemente, intitulado “É Preciso Não Esquecer”. Nesse artigo, o autor aborda diversas questões sociais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a actual lei do aborto, a lei do divórcio e a lei das uniões de facto. Aborda esses temas tão complexos com ligeireza e sem profundidade, citando no entanto algumas datas e eventos. Pretende fazer-nos crer que o actual Governo, no que respeita a estas questões, age de forma arrogante, anti-democrática e descarada, procurando enganar os portugueses através do embuste.
Tais posições constituem, essas sim, uma descarada forma de manipular factos e ideias para tentar fazer parecer indiscutível e sem contradição, aquilo que não passa de meras perspectivas pessoais, de valor relativo.
Posso até eventualmente estar de acordo com este articulista no que respeita à qualidade e interesse dos partidos políticos, dos jogos de poder e dos seus protagonistas. A isso conto referir-me em breve em artigo que anda a fermentar dentro de mim. Mas não consigo deixar passar em claro opiniões deste cariz e vou aqui fazer um breve contraditório.
Começando pelo casamento entre pessoas do mesmo sexo, defendi e aplaudi recentemente a proposta legislativa socialista que vai no sentido da legalização e equiparação ao casamento civil. Esta será uma lei fundamental para a comunidade de homossexuais portugueses que constituem, sem dúvida, um quantitativo reduzido, face à população heterossexual, muito mais comum na natureza. Se o Manuel casar com o Joaquim ou a Conceição com a Fátima, isso será muito importante para eles, em termos de liberdades, direitos e garantias e poderá permitir-lhes sair da sombra, de um certo limbo social e levar uma vida com menos restrições, injustiças e desigualdades. Mas fará alguma diferença para os seus vizinhos e concidadãos? Com certeza que não, a vida prosseguirá o seu curso. A complexidade e sensibilidade deste projecto de lei radicam sobretudo nas suas implicações éticas, filosóficas e culturais. Levanta um coro de protestos porque colide com os preconceitos de muita gente e com os dogmas de instituições que, mesmo decadentes, continuam a ter influência na sociedade. Quero no fundo dizer que não me parece questão para referendo. Este constitui uma ferramenta fundamental no processo democrático mas, obviamente, não deve ser banalizado. Deve ser usado de forma muito criteriosa e ponderada. Acredito ser sobretudo por este motivo que o Governo não o planeia usar nesta questão e não porque “nunca admitirão um referendo, sabendo que vão perder”. Matéria para referendo é por exemplo, sem dúvida alguma, a questão do aborto, visto que é uma matéria extremamente delicada, com implicações no direito à vida, no respeito pela vida humana e tem implicações éticas e filosóficas muito profundas. Matéria para referendo seria, para dar outro exemplo, a alternativa entre o actual sistema republicano e uma monarquia constitucional, como reclamam os monárquicos portugueses, uma vez que se trata de uma questão transversal a toda a sociedade que mudaria profundamente o país e teria implicações a todos os níveis. O facto do livre casamento civil entre homossexuais constituir uma bandeira do programa do Governo socialista e uma promessa eleitoral, é coerente e faz sentido num contexto de mudança de cariz progressista que procura criar um novo país, mais liberal e vanguardista. Essa proposta era bem clara no programa eleitoral socialista e se era assim tão fracturante, isso não se foi visível nos resultados eleitorais, pelo contrário.
Quanto ao aborto, tema que também me é caro, até por motivos pessoais, é preciso muito cinismo para usar a expressão “financiamento público do aborto” e fazer uma leitura absolutamente tendenciosa do processo português. O que se passou e isso são factos e não juízos de valor, é que o Governo tentou fazer aprovar a chamada “lei do aborto” desde o início de 1997, não o tendo conseguido por diferença de um voto e conseguindo-o um ano mais tarde, por uma diferença de nove votos. Mesmo assim, tornou-se insuportavelmente óbvio que o tema era muito sensível, socialmente transversal e demasiado importante para ser decidido apenas por políticos e seus interesses partidários. As instituições democráticas funcionaram como deve ser e foi então decidido e muito bem que o país devia ser consultado sobre o assunto. No período de preparação do referendo, Portugal viveu um intenso, alargado, democrático e salutar debate sobre o assunto. Ficou então bem claro que ninguém, exceptuando mentes perversas ou doentes, defendia a bondade do aborto. Ninguém disse que o aborto é bom, realmente não é e isso nunca esteve em causa. O que estava em causa verdadeiramente, era a despenalização da prática do aborto, o que não é, de modo nenhum igual ou sequer vagamente parecido com “liberalização do aborto” ou “financiamento público do aborto fácil e gratuito”. Isso era e continua a ser fundamental num país pobre e culturalmente atrasado, com uma altíssima taxa de gravidez na adolescência, muita violência doméstica, sem educação sexual escolar, com baixíssimo poder de compra e com dificuldades de acesso aos cuidados básicos de saúde. Infelizmente, na altura, quem estava no poder não teve inteligência suficiente para fazer reflectir essa realidade na formulação do referendo e na altura o “não” ganhou”. Contudo, ficou claríssimo que a sociedade estava muito dividida e que, numa situação assim, não era aceitável que as mulheres portugueses continuassem a fazer abortos em clínicas clandestinas, com todos os perigos que isso encerra, a terem de viajar para os fazer no estrangeiro ou, em última análise, a serem presas por terem praticado um aborto voluntário, uma vez que isso era legalmente possível. Creio ter sido este tipo de convicções que norteou a acção do Governo e não qualquer plano para enganar os portugueses através de “um magnifico embuste”.
Pessoalmente, para deixar bem clara a minha posição, penso que, idealmente, nenhuma mulher deve achar-se numa situação em que precise de abortar. O País deve evoluir no sentido de eliminar completamente a necessidade de fazer um aborto. E um Governo que permita o aborto em determinadas condições mas não actue com muita energia e eficácia sobre as condições que levam à realização de abortos, será sem dúvida um Governo medíocre e incompetente. Mesmo que haja muitas sensibilidades diferentes e ligação íntima com questões sempre em aberto, se existe alma ou não, se o feto humano é um ser humano, se sim a partir de quando, etc, o aborto será sempre intrinsecamente mau e uma agressão à vida. As minhas convicções pessoais, que passam pela crença na existência, individualidade e imortalidade da alma e na reencarnação como meio de evolução dos espíritos, não poderiam nunca admitir o aborto, muito menos “fácil e barato”. Contudo, a verdade é que, mesmo sendo difícil e caro, ele praticava-se em larga escala. Enquanto o País não evolui, coisa que é missão e responsabilidade de todos nós, sob gestão do Governo que elegemos a cada 4 anos, pelo menos que nenhuma mulher seja presa por uma infelicidade dessas.
Ainda outro tema abordado de fugida no artigo de “A União”: a “banalização” do divórcio, que a Igreja Católica continua a proibir e que gostaria de ver dificultado ao máximo pela sociedade civil e as leis dos homens. Sobre este tema discorri com gosto há meses atrás em artigo publicado no “Diário Insular”. Nesta área considero que o nosso País deu recentemente passos de gigante em termos de evolução social e cultural, ao promulgar novas leis relativas ao divórcio e às uniões de facto, rompendo com tradições atávicas e preconceitos arraigados. Quanto aos “desconfortos” de Cavaco Silva, eles eram perfeitamente previsíveis no presidente da república mais apagado que já tivemos no Portugal democrata. Cavaco Silva nunca devia ter deixado de ser aquilo que começou por ser: um rapaz de Boliqueime com jeito para os números, e que o clube de domésticas de Tony Carreira acha bonito. É e sempre foi um político básico, cinzento, sem visão nem chama, sem comparação com Mário Soares e Jorge Sampaio, inferior até, à rigidez de Ramalho Eanes. Conservador até à medula e de espírito fechado, vai sentir desconfortos de estômago sempre que for confrontado com ideias estranhas ao seu pequeno universo mental e arvorar-se numa das “forças de bloqueio” que tanto o incomodavam quando era governante.
Por último, seria uma deliciosa ingenuidade, se não fosse uma irritante presunção, clamar que “(…) as gerações futuras censurarão asperamente a nossa pelas terríveis infâmias legais cometidas contra a vida e a família (…)”. Todas as gerações merecem algum tipo de censura porque em todas se cometem erros. Mas eu acredito que mais depressa seríamos censurados por teimarmos em discriminar homossexuais, prender mulheres que abortam e dificultar divórcios enquanto à nossa volta o mundo pula e avança.
O nosso mundo é ainda muito imperfeito. Mas são claros os sinais de que entrámos uma nova era. Um tempo em que o amor incondicional (por todos os seres humanos em primeiro lugar mas também pelos animais, pelo ambiente, pelo planeta…) e a paz terão de estar muito presentes. Mas também um tempo fortemente marcado pela tolerância, pela abertura de espírito, pela inteligência emocional, pela aceitação da diferença e pelo corte com o passado. Um mundo sem pretos nem brancos, um mundo de gente colorida. POPEYE9700@YAHOO.COM
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